O protocolo de Informações para o uso de medicamentos na gravidez e lactação da Universidade Federal do Ceará, baseado nas recomendações do uso de medicamentos durante a amamentação da Organização Mundial de Saúde (OMS), American Academy of Pediatrics (AAP), e da classificação Thomson, publicou a seguinte tabela em relação ao uso de anestésicos locais durante a amamentação:
- Cloridrato de bupivacaína (solução injetável): Compatível com a amamentação. (OMS).
- Cloridrato de lidocaína (solução injetável): Compatível com a amamentação (OMS).
- Cloridrato de lidocaína + hemitartarato de epinefrina (solução injetável): O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).
- Cloridrato de prilocaína + felipressina (solução injetável para uso odontológico) O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).Não foi encontrado menção na literatura sobre a felipressina.
Refere-se a categoria “”Risco infantil não pode ser descartado”” quando evidência disponível e/ou o consenso de peritos é inconclusiva ou inadequada para determinar o risco infantil quando o medicamento é usado durante a amamentação. Pesar os benefícios potenciais do tratamento medicamentoso contra os riscos potenciais antes de se prescrever o fármaco durante a amamentação.
Além disso, Chaves e colaboradores (2007) referem que Bupivacaína, Lidocaína, e Ropivacaína são fármacos seguros para serem utilizados durante a amamentação e que Articaína, Mepivacaína e Procaína são fármacos moderadamente seguros para serem utilizados durante a lactação.
É válido lembrar que o conteúdo de um medicamento no leite materno pode variar dependo da dose administrada à mãe, o intervalo de tempo decorrido da administração e da amamentação e do período da lactação. Geralmente, um medicamento que é mais lipossolúvel irá se transferir mais rapidamente, e em maiores quantidades, para o leite materno do que aquele que for menos lipossolúvel. Dessa forma, medicamentos com baixa lipossolubilidade e aqueles que são hidrossolúveis difundem-se lentamente para o leite materno e devem ser preferidos para as mulheres que amamentam.
O acesso das crianças deve ser facilitado nas Unidades de Saúde e recomenda-se que a criança realize a primeira consulta com a equipe de Saúde Bucal no primeiro ano de vida.