Embora no leite materno tenha sido identificada a presença do HBsAg sendo, teoricamente, possível sua transmissão por este meio, não se pode demonstrar que a prática do aleitamento materno artificial diminua a percentagem de transmissão observada em crianças amamentadas, portanto, não se pode contra-indicar, cientificamente, esse tipo de alimentação em filhos de mães portadoras. Além disso, resultados de um estudo de coorte indicaram que o aleitamento materno não tem influência negativa na resposta do anti-HBs e nas taxas de falência da imunoprofilaxia em crianças nascidas de mães portadoras de HBsAg.
Em relação à profilaxia, a imunização ativa através da aplicação da vacina contra hepatite B pode prevenir o desenvolvimento de portador persistente em 70-90% das crianças de mães portadoras de HBsAg +. A administração da imunoglobulina dentro de até 24 horas após o parto juntamente a primeira dose da vacina aumenta essa taxa para 85-90%. A vacina e a imunoglobulina podem ser administradas simultaneamente, porém em locais diferentes.
Ensaios clínicos randomizados (Grau de recomendação A) confirmam o acima exposto, ressaltando a importância da administração não apenas da vacina, mas também da imunoglobulina em recém nascidos de mães portadoras de HBsAg nas primeiras 12 até 24 horas após o parto. Comparado com somente vacina, a vacina mais imunoglobulina reduziu a ocorrência de hepatite (RR=0,54. IC 95%: 0,41-0,73).
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