A suplementação de vitamina D de forma rotineira ainda permanece controversa.
A UNICEF recomenda suplementação de vitamina D (200 a 400UI/dia) quando a luz solar for inadequada e em alguns bebês que tem um risco mais alto de deficiência (ex. crianças de pele escura).
Por outro lado, a Academia Americana de Pediatria relata que o uso da vitamina D deve ser iniciado em todas as crianças, durante os 2 primeiros meses de vida. Ressalta-se que essa recomendação é de grau D, pois se baseia na opinião de especialistas.
Não há consenso global sobre qual a melhor forma de prevenir a deficiência de vitamina D em crianças pequenas. As recomendações para prevenção da deficiência dessa vitamina em bebês amamentados incluem exposição a pequenas doses habituais de luz solar e suplementação universal de bebês em risco. Os fatores de risco para deficiência de vitamina D são: deficiência materna de vitamina D durante a gestação, confinamento durante as horas de luz diurna, viver em altas latitudes, viver em áreas urbanas com prédios e/ou poluição que bloqueiam a luz solar, pigmentação cutânea escura, uso de protetor solar, variações sazonais, cobrir muito ou todo corpo quando em ambiente externo, ordem crescente de nascimento, exposição ao chumbo e substituição do leite materno por alimentos pobres em cálcio ou alimentos que reduzem a absorção de cálcio.
Tendo em vista a contrariedade da literatura em relação à suplementação rotineira da vitamina D, orientamos aos médicos que avaliem os casos individualmente e sempre suplementem a vitamina nos casos recomendados pela UNICEF e nas crianças que apresentem algum dos fatores de risco acima citados, especialmente nos locais onde a vitamina não está amplamente disponível. Quando houver indicação, a suplementação deverá ocorrer pelo menos até os 12 meses de vida da criança.