Devemos prescrever antibiótico profilático para pacientes com queimadura de segundo grau?

| 30 junho 2010 | ID: sofs-4548
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,
Graus da Evidência: ,

A avaliação de um paciente queimado deve iniciar-se com as vias respiratórias, já que a lesão térmica direta das vias aéreas superiores pode produzir obstrução progressiva. Mesmo não havendo sinais de lesão térmica na face, a inalação de gases tóxicos, principalmente em vítimas de incêndios, pode levar à disfunção respiratória (1).
Existem poucas evidências na literatura a respeito do manejo das queimaduras na atenção primária, sendo as recomendações, em sua maioria, baseadas em opiniões de especialistas.
Uma revisão do Clinical Evidence não encontrou evidências de que o uso profilático rotineiro de antibióticos (tópicos ou via oral) para queimaduras superficiais da derme possa reduzir as chances de infecção ou acelerar a cicatrização (2).
Além disso, o uso excessivo de antibióticos pode levar à resistência bacteriana e um risco desnecessário de efeitos adversos. A higiene básica e trocas frequentes de curativos auxiliam na prevenção de infecções.

 


Bibliografia Selecionada:

  1. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2004.
  2. Clinical Knowledge Summaries [Internet]. Newcastle upon Tyne (UK): Sowerby Centre for Health Informatics at Newcastle; [cited 2010 Jun 30]. Burns and scalds : management; [cited 2010 Jun 30]; [about 1 screen]. Disponível em: http://www.cks.nhs.uk/burns_and_scalds/management/detailed_answers/managing_superficial_dermal_burns Acesso em: 30 jun 2010.