A avaliação de um paciente queimado deve iniciar-se com as vias respiratórias, já que a lesão térmica direta das vias aéreas superiores pode produzir obstrução progressiva. Mesmo não havendo sinais de lesão térmica na face, a inalação de gases tóxicos, principalmente em vítimas de incêndios, pode levar à disfunção respiratória (1).
Existem poucas evidências na literatura a respeito do manejo das queimaduras na atenção primária, sendo as recomendações, em sua maioria, baseadas em opiniões de especialistas.
Uma revisão do Clinical Evidence não encontrou evidências de que o uso profilático rotineiro de antibióticos (tópicos ou via oral) para queimaduras superficiais da derme possa reduzir as chances de infecção ou acelerar a cicatrização (2).
Além disso, o uso excessivo de antibióticos pode levar à resistência bacteriana e um risco desnecessário de efeitos adversos. A higiene básica e trocas frequentes de curativos auxiliam na prevenção de infecções.