Como se dá o processo de cronificação da Febre de Chikungunya?

| 14 julho 2016 | ID: sofs-25212
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

A Febre Chikungunya é uma doença causada pelo Vírus Chikungunya, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, apresentando quadro clínico agudo, subagudo e crônico. A fase aguda dura aproximadamente sete dias, podendo variar de três a dez dias, já a fase subaguda pode haver ausência da febre e persistência ou agravamento da artralgia. Para ser classificada como fase crônica, é preciso que os sintomas persistam por mais de três meses, após o início da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para a cronificação da Febre Chikungunya são: idade acima de 45 anos, desordem articular preexistente e maior intensidade das lesões articulares na fase aguda. Além disso, um dos sintomas mais comum nesta fase é o acometimento articular persistente ou recidivante nas mesmas articulações atingidas durante a fase aguda, caracterizado por dor com ou sem edema, limitação de movimento, deformidade e ausência de eritema. Normalmente, o acometimento é poliarticular e simétrico, mas pode ser assimétrico e monoarticular. Também há relatos de dores nas regiões sacroilíaca, lombossacra e cervical. Alguns pacientes poderão evoluir com artropatia destrutiva semelhante à artrite psoriática ou reumatoide. Outras manifestações descritas durante a fase crônica são: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite, tenossinovite, disestesias, parestesias, dor neuropática, fenômeno de Raynaud, alterações cerebelares, distúrbios do sono, alterações da memória, déficit de atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão. Esta fase pode durar até três anos. É importante que todo paciente que evolua para a cronificação devido a Febre Chikungunya tenha acompanhamento na rede SUS por um profissional fisioterapeuta que contribuirá na reabilitação e melhora clínica desse indivíduo.

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Bibliografia Selecionada:

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: http://combateaedes.saude.gov.br/images/sala-de-situacao/04-04_protocolo-SAS.pdf. Acesso em 04 de julho de 2016.
  2. BAHIA. Secretaria Estadual de Saúde. Guia Febre Chikungunya. Disponível em: http://www1.saude.ba.gov.br/entomologiabahia/photoartwork2/downloads/guia_ve_chik.pdf. Acesso em 04 de julho de 2016.
  3. ABDO, RF; CUNHA, RV. Depressão e fadiga crônica pós-chikungunya. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Disponível em: http://production.latec.ufms.br/modulos/chick/res/depressao_fadiga_cronica.pdf. Acesso em 04 de julho de 2016.
  4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Plano de Contingência Nacional para a Febre de Chikungunya. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_contingencia_nacional_febre_chikungunya.pdf. Acesso em 04 de julho de 2016.