Como se dá a propagação do HPV?

| 29 maio 2019 | ID: sofs-42133
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,

O vírus HPV é altamente contagioso e a contaminação pode se dar a partir de uma única exposição ao vírus por meio do contato direto com uma pele ou mucosa infectada. A principal via de contágio é a sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Isso significa que o contágio pode ocorrer mesmo em relação sexual sem penetração vaginal ou anal. A transmissão também pode ocorrer durante o parto(1).

Embora raro, o contágio pode se dar pelas mãos contaminadas pelo vírus. Muitas  pessoas portadoras, por não apresentarem nenhum sinal e/ou sintoma, podem transmiti-lo sem saber(1).  Ainda não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas(2).

A taxa de transmissibilidade depende tanto dos fatores virais quanto do hospedeiro, mas de uma forma geral, o risco de transmissão é de 65% para as lesões verrucosas e 25% para as lesões subclínicas(2).


Leitura Complementar:

Após o contágio, o organismo pode reagir de 3 formas: 1. Conseguir combater e eliminar o vírus em 18 meses, alcançando a cura, principalmente entre as pessoas mais jovens, sem nenhuma manifestação clínica. 2. Os vírus podem se multiplicar e surgirem verrugas genitais (visíveis a olho nu) ou “lesões microscópicas” que só são visíveis através de aparelhos com lente de aumento (lesão subclínica). 3. Os vírus podem permanecer silenciosos no organismo sem nenhum aparecimento de manifestação clínica e/ou subclínica. Quando houver enfraquecimento do sistema imunológico do indivíduo, os vírus podem-se multiplicar e aparecem as primeiras lesões clínicas (1,2).

As lesões clínicas do HPV são mais comuns nas regiões anogenitais como vulva, vagina, ânus e pênis. Porém, esta infecção pode aparecer em qualquer parte do nosso corpo, bastando ter o contato do vírus com a pele ou mucosas não íntegras. Manifestações extragenitais benignas ou malignas mais frequentes são observadas na cavidade oral e trato aerodigestivo. Uma lesão particularmente agressiva pode ocorrer em crianças ou adolescentes que foram contaminados no momento do parto, desenvolvendo lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe, sendo necessários tratamentos cirúrgicos, por vezes repetidos(1).

Bibliografia Selecionada:

1. Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Guia de perguntas e respostas para profissional de saúde. 2014:44p. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf

2. Inca. Instituto Nacional do Câncer. Rio de Janeiro. Perguntas frequentes: HPV. Disponínel em: https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/hpv