Algumas medidas podem ser adotadas no sentido de evitar a formação de cálculo renal, também conhecido como litíase renal. São medidas de caráter preventivo e educativo, que muitas vezes envolvem mudanças de estilo de vida. Uma medida de extraordinária importância consiste numa hidratação adequada (1,2). Na ausência de qualquer outro tratamento foi demonstrado que a hidratação adequada pode diminuir a formação de cálculos em até cerca de 60%(2). A recomendação de ingestão adequada de água total é de 2,5 a 3,7 litros para homens e 2,0 a 2,7 litros para mulheres por dia, para a faixa etária de 19-70 anos (água total é a combinação do consumo de água isolada e da água contida em bebidas e alimentos). Lembrar que os idosos têm um risco maior de desidratação e que a perda de líquidos é maior no verão e durante atividade física. A atividade física regular também parece atuar como fator de prevenção e deve ser estimulada (1,2). A orientação dietética é outra estratégia importante para a prevenção da litíase. Recomenda-se redução do consumo de sal (diminuir o consumo de produtos industrializados, em conserva e embutidos que são ricos em sódio); manutenção de ingestão normal de cálcio; redução do consumo de proteínas de origem animal (carnes vermelhas, vísceras e miúdos); aumento do consumo de alimentos ricos em potássio e citrato (substâncias que inibem a formação de cálculos) (1,2). Sucos de limão e laranja devem ser consumidos por serem ricos em citratos; hortaliças e frutas são ricas em potássio (2). Vegetais verdes escuros também devem ser consumidos, pois além do cálcio, são ricos em citratos e potássio (2). Pessoas que eliminam uma quantidade muito grande de ácido úrico na urina devem evitar o consumo de bebidas alcoólicas (cerveja), além de limitar a ingestão de carnes gordas, vísceras (miolos, fígado, coração, rins), peixes gordos (atum, sardinha, salmão, cavala), conservas, mariscos, queijos (1,2). Além disso, recomenda-se incluir na dieta alimentos ricos em fitatos (substâncias que diminuem o risco de formação de cálculos), como cereais integrais, leguminosas e oleaginosas (2). Em pacientes selecionados que apresentem distúrbios do metabolismo, alguns medicamentos podem prevenir a recorrência da doença.
Pedra nos rins, doença também conhecida como cálculo renal, litíase renal ou nefrolitíase, é uma doença causada por formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina (3). Sua presença pode passar despercebida, sem sintomas, mas pode também provocar dor muito forte que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção da região inguinal (3). É uma dor que se manifesta em cólicas, isto é, com um pico de dor intensa seguido de certo alívio (3). Em geral, essas crises podem ser acompanhadas por náuseas e vômitos e requerem atendimento médico-hospitalar (3).
Algumas recomendações são importantes para pacientes com pedra nos rins (3):
– utilizar um filtro de papel quando houver a possibilidade de estar eliminando um cálculo. A análise de sua composição pode orientar o médico na escolha do tratamento mais adequado;
– o uso de medicamentos contra dor deve ser prescrito pelo médico. Alguns deles são desaconselháveis para pessoas com problemas estomacais ou para gestantes;
– não se automedicar nem fazer o próprio diagnóstico. Procure atendimento médico, especialmente se tiver dores intensas nas costas ou no abdome e sinais de sangue na urina
Atributo APS – P&P
O acolhimento à demanda espontânea e o atendimento às urgências em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) diferencia-se do atendimento em uma unidade de Pronto-Socorro ou Pronto-Atendimento, pois a Atenção Básica trabalha em equipe, tem conhecimento prévio da população, possui, na maior parte das vezes, registro em prontuário anterior à queixa aguda, possibilita o retorno com a mesma equipe de saúde, o acompanhamento do quadro e o estabelecimento de vínculo, o que caracteriza a continuidade do cuidado, e não somente um atendimento pontual (4).
Educação Permanente
Você sabia?
A história familiar de cálculo renal aumenta em cerca de três vezes a probabilidade de um indivíduo apresentar a doença.