Cada localidade possui um modelo de rotinas baseado no levantamento epidemiológico prévio realizado antes da implementação das unidades de saúde da família (USF), portanto seguimos os modelos do Ministério da Saúde com adaptações para o local onde estamos inseridos.
O Enfermeiro de uma USF tem sua prática instituída pela Secretaria Municipal de Saúde do Município, no entanto ainda é uma prática heterogênea entre as Unidades e até mesmo dentro de um mesmo ambiente de trabalho. De forma geral ele é generalista, atuando nas diferentes fases do ciclo vital.
O enfermeiro da Saúde Coletiva desenvolve sua prática em diversas áreas, como assistência de enfermagem individual, ações educativas, coordenação de cargos técnicos da Vigilância Epidemiológica, além das ações relativas ao gerenciamento da equipe de enfermagem e participação com a equipe de saúde no planejamento, coordenação e avaliação das ações de saúde. Para isso é importante ele conhecer as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e as normas técnicas vigentes, podendo identificar e avaliar os problemas de saúde e elaborar planos de intervenção.
Uma das funções técnico-administrativas do enfermeiro poderá ser o gerenciamento de serviços da USF. Ele desenvolve ações de programação e avaliação das atividades de enfermagem; delega e distribui tarefas para os funcionários; supervisiona a equipe de enfermagem e as atividades realizadas; é responsável pela previsão e provisão de material e equipamentos necessário às ações de enfermagem; auxilia na conservação de aparelhos e equipamentos e, quando necessário, solicita concertos; elabora e atualiza procedimentos, rotinas e normas de enfermagem; revisa periodicamente o registro de dados e os sistemas de comunicação; analisa e avalia a assistência prestada à comunidade.
As funções educativas estão relacionadas com a capacitação da equipe de enfermagem, onde identifica necessidades dos funcionários, planeja, executa e avalia os cursos ministrados. Promove ações educativas com os usuários durante consultas, durante visitas domiciliares e em trabalhos de grupo, visando a autonomia individual em relação à prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Discute com grupos organizados da sociedade (grupos de sem-terra, associação de moradores, igrejas e outros) os problemas de saúde e as alternativas para resolvê-los. Entre as atividades técnico-assistenciais o enfermeiro aplica o processo de enfermagem individual e comunitário, executando a consulta de enfermagem. Conforme a necessidade, é utilizado o diagnóstico da comunidade, o qual leva em consideração os dados epidemiológicos.
Além disto, planeja e executa atividades e cuidados de enfermagem de maior complexidade – os de menor complexidade são delegados, em sua grande maioria, aos técnicos de enfermagem – conforme a Lei do Exercício Profissional.
Os medicamentos que são estabelecidos em programas de saúde pública podem ser prescritos pelos enfermeiros em suas consultas e atendimentos, assegurando as ações terapêuticas prescritas por outros profissionais. Promove a vigilância à saúde supervisionando a convocação de usuários com agravos, de acordo com a necessidade de saúde identificada (como crianças desnutridas, com baixo desenvolvimento, que faltaram na vacinação, diabético que não retornou para tratamento e outros) e realizando ações educativas. Busca melhoria de qualidade na recepção e encaminhamento dos usuários. Realiza e participa de pesquisa visando a melhoria de qualidade nos atendimentos prestados. Para maior detalhamento de cada tarefa há necessidade de se estudar os manuais do DAB.
Para uma melhor visualização dos assuntos abordados na resposta fizemos a separação das rotinas por itens:
- Bases conceituais da saúde coletiva; Políticas Públicas se Saúde no Brasil e do Municipio;
- Modelos de atenção em saúde coletiva; Sistema único de Saúde.
- ções de Promoção da saúde; Educação em Saúde na comunidade, fundamentado na problemática saúde da família, capacitando a própria comunidade para cuidarem da sua qualidade de vida e saúde. Abordagens de educação em saúde (sala de espera, grupos…); Saúde da Família; Visita Domiciliária;
- Vigilância à saúde identificar o papel da vigilância à saúde do municipio no contexto da saúde coletiva detectando os riscos e agravos à saúde.
- Saúde da criança Crescimento e desenvolvimento infantil; Consulta de puericultura; Doenças prevalentes na infância: diarréia, desidratação, IRA, pneumonia e desnutrição, metas e estratégias para controle.
- Imunização Programa Nacional de Imunização; Aspectos Técnicos e Normativos relacionados à prática de imunização; Cadeia de frio na conservação de imunizantes.
- Saúde do adulto Ações básicas de controle da hanseníase; Ações básicas de controle da Tuberculose; Ações básicas do controle da hipertensão arterial; Ações básicas do controle do diabetes.
- Saúde da Mulher Planejamento Familiar; Assistência Pré-natal; Visita domiciliária à puérpera e ao recém-nascido; Aleitamento materno; Ações de prevenção as DSTs e Aids; Ações de Controle do Câncer de colo uterino e mama.
- Saúde do idoso Atendimento domiciliar do idoso; O papel do enfermeiro na saúde do idoso na comunidade.
- Abordagens práticas de Enfermagem na saúde coletiva Abordagem comunitária: A visita domiciliar; O cuidado e o acompanhamento da saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, no contexto familiar, cultural e social; Rotina de enfermagem na Unidade de Saúde: Cadastramento de famílias; Acolhimento: Consulta de enfermagem à criança e à gestante. Pronto atendimento. Vacinação da criança e do adulto; Terapia de reidratação oral; Aerosolterapia. A referência e a contra-referência nos serviços de saúde; O processo de enfermagem e o diagnóstico de enfermagem em saúde pública; Educação em saúde.