Como os profissionais de enfermagem devem manejar o terçol (hordéolo)?

| 7 agosto 2013 | ID: sofs-5463
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É fundamental o cuidado com a higiene, para evitar a transferência de micro organismos. Para isso, oriente a limpeza frequente do olho afetado, das mãos e o uso de material descartável (gaze, algodão, lenço descartável).
Garanta ao paciente que o tratamento trará alivio da dor e do desconforto.
Para retirar o exsudato do olho, oriente o paciente a trocar lenços de papel, bolas de algodão ou gazes a cada uso. Recomende ao paciente que faça compressas com água filtrada morna ou soro fisiológico várias vezes ao dia, deixando sobre o olho de 10 a 15 minutos, para que a secreção seja drenada espontaneamente. Reforce que não se deve furar ou espremer o terçol, bem como não utilizar colírios sem consultar um médico.
Se o paciente tem hordéolos com frequência, reforce as recomendações sobre a importância da higiene para ajudar a prevenir o aparecimento de novas lesões.
Explique em quais situações deve procurar o médico: piora do hordéolo ou sem melhora após 7 dias de tratamento; extensão além da pálpebra; olho vermelho ou febre; problemas de visão, tais como fotofobia (luz incomoda) ou apresentar muito lacrimejamento; e hordéolos de repetição. Visto que o hordéolo pode não ter resolução espontânea, é necessário orientar retorno e garantir um novo atendimento se persistência por mais de 7 dias ou piora do quadro. Com isso você estará garantindo o ACESSO,  um dos atributos da APS.
A equipe deve estar atenta para episódios repetidos de hordéolo, visto que nesses casos uma consulta com um oftalmologista pode ser necessária. Isso significa LONGITUDINALIDADE e COORDENAÇÃO do cuidado.
No caso de perda da acuidade visual, fotofobia, lacrimejamento excessivo, eritema importante ou falta de resolução em 7 dias, uma consulta com o médico é necessária.


Bibliografia Selecionada:

  1. TIMBY, B. K. Enfermagem médico-cirúrgica.  8. Ed. Barueri, SP: Manole, 2005.
  2. CCPO. Clínica catarinense de pálpebras e olhos. Terçol e Calázio – Orientações ao Paciente. Disponível em: http://www.ccpo.com.br/assets/files/pdf/doencas/Tercol_e_Calazio.pdf Acesso em: 8 ago 2013.
  3. DUNCAN, B. B. et al. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3ª edição – 4ª reimpressão, 2006. Porto Alegre: ARTMED, 2004.