O Mal de Alzheimer (MA) é uma das causas mais comuns de demência. Demência é o declínio geral das habilidades mentais, como memória, linguagem e raciocínio que persiste por toda a vida e pode interferir com as atividades normais da pessoa e seus relacionamentos. O MA geralmente aparece após os 65 anos, mas pode surgir desde os 40 anos.
O MA é uma doença sem cura. Existem algumas medicações que podem, às vezes, atrasar o avanço da doença ou resolver alguns sintomas, como agitação, problemas do sono e depressão.
O suporte ao paciente e aos familiares é muito importante e pode tornar a vida de uma pessoal com MA mais segura e saudável.
A Sociedade de Alzheimer de Cambridge, no Canadá, elaborou um folheto que orienta como lidar com pessoas portadoras de MA, disponível na Internet (http://www.alzheimercambridge.on.ca/PDF%20files%20for%20Website/How%20to%20Interact%20brochure%20-%20Portuguese.pdf).
Algumas orientações estão colocadas abaixo:
Os doentes com Alzheimer necessitam de pessoas que os ajudem:
- A sentirem-se relaxados e tranquilos
- A sentirem-se seguros
- A sentirem que não lhes pretendem fazer mal
- A aumentar a sua auto-estima
As pessoas que cuidam dos doentes necessitam:
- Ter consciência de que a maneira como agem determina o estado de espírito e a reação do doente
- Adaptar-se e concentrar-se no humor e disposição do doente enquanto estiver cuidando dele
- Manter sempre uma atitude positiva
O que não se deve fazer:
- Não discutir
- Não exigir que o doente compreenda algo que não entende
- Não exigir que se lembre de algo
- Não lhe corrigir as ideias nem o reprimir
- Não tentar orientar demais
- Não pensar que o doente não está ajudando de propósito
- Não pensar que o doente se lembra e que está fingindo
- Não ser impaciente
O que se deve fazer:
- Entender a realidade da pessoa doente
- Reconhecer o seu humor ou estado de espírito
- Usar poucas palavras e frases simples ou não usar palavras, apenas gestos amigáveis e simples
- Fazer tudo com calma
- Aproximar-se da pessoa sempre pela frente, para não a assustar
- Esperar por uma resposta lenta
- Prometer e afirmar constantemente que está tudo bem
- Manter o doente sempre confortável no seu ambiente
- Ajudá-lo a usar as habilidades e capacidades que ele ainda possui
- Limitar os programas de rádio e televisão que possam assustar por parecerem reais
- Manter sempre a privacidade do doente
- Manter sempre um ambiente seguro
Linguagem que precisa usar:
- Usar poucas palavras
- Usar frases claras e simples
- Falar devagar e com calma
- Fazer perguntas que possam ser respondidas com um simples “sim” ou “não”
- Falar sobre uma coisa de cada vez
- Falar sobre coisas concretas e não sobre coisas abstratas
- Usar frases comuns
- Explicar sempre o que está fazendo
- Se o paciente repetir a pergunta, responder da mesma maneira que da primeira vez
- Dar algum tempo para que possa entender a informação
- Esperar com paciência a resposta
- Aceitar as respostas inapropriadas e que não façam sentido
- Falar calmamente, suavemente e gentilmente
Cuidados que se precisa ter:
- Reconhecer que o doente pode sentir a sua privacidade invadida
- Usar gestos e um tom de voz tranquilizador
- Fazer uma coisa de cada vez
- Explicar com cuidado o que está fazendo
- Ter consciência da linguagem corporal e usá-la de forma a transmitir uma comunicação tranquila e calma
- Ser sempre sincero
- Usar gestos suaves e calmos
- Reconhecer as situações que podem provocar reações negativas no doente
- Ter consciência que o doente pode não ter capacidade de julgar se a situação é perigosa ou não
- O doente pode tentar se defender de situações que o façam sentir ansioso, com medo, ou com dor de uma maneira agressiva
- Se o doente começar a ficar agitado, pare imediatamente e dê tempo para que se acalme, não tente recomeçar a conversa ou ação logo de imediato