Frente a um adulto com ginecomastia, o primeiro passo é identificar a causa desta condição. A combinação de uma boa história clínica e exame físico minucioso somado a alguns exames diagnósticos complementares é suficiente na maior parte das vezes.
Abaixo, algumas recomendações para esta avaliação inicial:
- procurar identificar uso de medicamentos causadores de ginecomastia. Entre estas: espironolactona, finasterida, cetoconazol, metronidazol, omeprazol, ranitidina, cimetidina, metotrexate, inibidores da ECA, amiodarona, nifedipina, diltiazem, digoxina, metildopa, álcool, “maconha”, anfetaminas, esteróides anabólicos, diazepam, haloperidol, antidepressivos tricíclicos, domperidona, metoclopramida, fenitoína, teofilina, etc.
Melhora após descontinuação ou substituição de uma destas drogas por pelo menos um mês é altamente sugestivo de relação causal.
- sinais e sintomas, assim como exames laboratoriais, conforme necessidade, devem ser pesquisados para afastar possíveis causas de ginecomastia como;
- cirrose;
- insuficiência renal crônica;
- hipertireoidismo (perda de peso, taquicardia, aumento de volume da tireóide, tremor e exoftalmia);
- hipogonadismo (disfunção erétil, redução da libido e força e alteração do tamanho testicular);
- presença de massa abdominal pode sugerir carcinoma de adrenal e massa testicular ou mudança do tamanho ou consistência do testículo pode indicar neoplasia testicular.
- caso a ginecomastia seja de início recente ou dolorosa, devem ser solicitados hCG, LH, testosterona e estradiol, a menos que após avaliação clínica inicial haja uma causa claramente estabelecida.
- paciente com ginecomastia assintomática descoberta durante exame físico sem qualquer patologia que a justifique e que não esteja fazendo uso de alguma droga causadora de ginecomastia não requer avaliação adicional e deve reavaliado em seis meses.