Como fazer e interpretar a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA)?

A Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA), segundo recomendação do “II Guideline for Home Blood Pressure Monitoring”, produzido em conjunto pelas Sociedades Brasileiras de Cardiologia, de Hipertensão e de Nefrologia, tem como suas principais indicações o monitoramento de pacientes em uso de terapia antihipertensiva e identificação de pacientes com “Hipertensão do Jaleco Branco” ou “Hipertensão Mascarada” (D).
A MRPA, ainda que realizada a partir de diferentes protocolos, deve ser realizada com a obtenção sistemática de ao menos duas medidas da Pressão Arterial (PA) pela manhã e duas à noite por pelo menos três dias consecutivos em ambiente domiciliar . As PAs sistólica e diastólica resultantes da MRPA são obtidas através da média aritmética de todas a PAs, exceto as do primeiro dia do monitoramento, que deverão ser excluídas (A).
O resultado da MRPA nos fornece um resultado final de exame “anormal” ou “normal”, estabelecendo os valores de 135 de PA sistólica e 85 de PA diastólica como pontos de corte (A). Importante salientar que, apesar dos estudos apontarem uma maior correlação entre MRPA e eventos cardiovasculares que a aferição da PA em consultório, a MRPA ainda não é usada como instrumento diagnóstico para Hipertensão Arterial Sistêmica.