O contágio ocorre por exposição direta oral, nasal ou conjuntival a secreções orais ou fezes de pessoa infectada, ou exposição indireta a superfície ou objeto contaminado pelo contato com: gotículas aerossolizadas de secreções nasais/orais (saliva, escarro, muco), fluido das bolhas formadas pela Síndrome Pé Mão Boca ou fezes.(1,2,3)
As crianças são mais suscetíveis à síndrome e podem ter episódios em outros momentos, pois o vírus tem várias cepas, sendo as mais comuns a Coxsackie A16 ou Enterovírus 71. A maioria dos adultos é imune ao vírus causadores, mas como são cepas diferentes, podem se contaminar e adoecer novamente, geralmente de forma mais branda que as crianças.(1,2,3)
Complementação: Trata-se de uma infecção enteroviral altamente contagiosa que afeta principalmente lactentes e crianças menores de 10 anos, caracterizada por erupção cutânea nas mãos e pés e lesões bucais dolorosas.(¹)
Transmissão(¹)
Vírus adquirido por exposição direta oral, nasal ou conjuntival a secreções orais ou fezes de pessoa infectada, ou exposição indireta a superfície ou objeto contaminado pelo contato com: Gotículas aerossolizadas de secreções nasais/orais (saliva, escarro, muco);Fluido das bolhas formadas pela doença (mãos, pés e boca) e Fezes.
O vírus Coxsackie pode sobreviver em superfícies inanimadas secas por vários dias. Os indivíduos infectados são mais contagiosos durante a primeira semana de doença, mas o vírus pode ser transmissível por semanas após os sintomas terem resolvido. Pode ser transmitida de mãe para feto, mas não pode ser transmitido para ou de animais.
Após contato com pessoa, superfície ou objeto infectado: Implantes de vírus na boca, nasal ou mucosa ileal ou conjuntiva e progride para os nódulos linfáticos no prazo de 24 horas; O vírus incuba por cerca de 3-6 dias; A viremia pode se desenvolver após o período de incubação com um pródromo de 12 a 36 horas com febre; Lesões bucais dolorosas podem aparecer após 1-2 dias, seguidas de erupções cutâneas; Os anticorpos de soro neutralizante geralmente se desenvolvem no dia 7.
Fatores de risco prováveis(¹)
Falta de higiene, contato com pessoa infectada, residência rural e gênero masculino, com base na revisão sistemática de 108 estudos observacionais avaliando incidência e prevalência da síndrome pé mão boca na Ásia.
A heterogeneidade dos estudos permitiu a meta-análise, mas fatores de risco associados à síndrome incluíram:
Falta de higiene em 2 estudos, incluindo: Não lavar as mãos; Beber água não gelada; Banheiro ao ar livre; Mudança na qualidade da água; Comer fora de casa; Contato com pessoa infectada (em 3 estudos); Residência rural em comparação com a residência urbana (em 4 estudos); Gênero masculino (em 13 dos 19 estudos).
OBS: Há uma vacina, mas ainda não disponível comercialmente em nenhum País do mundo até a data da revisão (22 janeiro de 2018).(1,2,3)
Atributos da APS:
Acesso: O serviço de saúde deve garantir acesso a cuidados para a diversidade de problemas de saúde e, de acordo com o momento da vida, realizar o atendimento necessário. Pela dinamicidade da infância, a equipe deve estar preparada para mudanças de condição clínica e de risco e promover intervenções imediatas.
Material complementar:
Telessaude ES. Webconferência: Problemas Frequentes nas crianças. Palestrante: Marcello Dala Bernardina Dalla (Médico de Família e Comunidade SESA / PMV); Zilma Rios (Debatedora) . Apresentado em 25 mai 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3M6YWhlu6OM
Telessaude ES. Webconferência: Diagnóstico diferencial dos Exantemas. Palestrante: Ronaldo Ewald Martins (UFES); Zilma Rios (Debatedora). Apresentado em 02 jun 2016. Disponível em: https://youtu.be/4OL6gyltR6s
1. Ostrovsky DA. DynaMed [Internet]. Ebsco Information Services. 1995 . Hand-foot-and-mouth disease. Record No. 116931.[atualizado em 10 Dez 2016, acesso em 22 Jan 2017]. Disponível em: http://www.dynamed.com/topics/dmp~AN~T116931/Hand-foot-and-mouth-disease
2. Romero RJ. Uptodate. Hand, foot, and mouth disease and herpangina [internet]. Dez 2017; [citado em 2018 Jan 22]. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/hand-foot-and-mouth-disease-and-herpangina?search=coxsackie%20virus&source=search_result&selectedTitle=2~95&usage_type=default&display_rank=2#H10169508
3. Takimi LN. Doenças exantemáticas na infância. In: Gusso GDF, Lopes JMC. Tratado de Medicina de Família Comunidade – Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. cap.224:p.2124