Na investigação de casais inférteis – mais de um ano tentando gestação espontânea sem êxito – com espermograma evidenciando azoospermia total, é necessário diferenciar entre azoospermia obstrutiva e não-obstrutiva. Na obstrutiva há produção normal de espermatozoides, mas há uma patologia obstruindo a saída (pós-vasectomia, trauma, cirurgia hérnia/escrotal, epididimite, obstrução do ducto ejaculatório) e o hormônio folículo estimulante (FSH) geralmente é baixo. Na não-obstrutiva há baixa produção de espermatozoides – criptorquidia, droga induzida, orquite virótica, caxumba, desordens hormonais, condições genéticas -, geralmente com FSH elevado.
Após esta investigação, caso o seguimento não possa ser conduzido na atenção primária, é recomendado o encaminhamento ao urologista com descrição de história clínica atual e passada, exames físicos e complementares, incluindo espermograma e FSH, detalhados e documentados.
1. Pasqualotto FF. Investigação e reprodução assistida no tratamento da infertilidade masculina. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2007;29(2):103-112. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000200008&lng=en&nrm=iso&tlng=pt