Como comprovar o processo de esterilização em autoclave?

| 31 maio 2019 | ID: sofs-41760
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,

O processo de esterilização deve ser comprovado por meio de monitoramento físico, químico e biológico. A monitorização mais confiável para esterilização em autoclave é a biológica, pois é feita com microorganismos tecnicamente preparados e indicadores biológicos, para demonstrar a esterilização (3). O monitoramento biológico deve ser registrado, juntamente com a data da esterilização, lote, validade e equipamento utilizado (1,2).


Segue detalhamento sobre cada tipo de monitoramento do processo de esterilização:

•Monitoramento Físico: consiste na observação e registro dos dados colhidos nos mostradores dos equipamentos, como a leitura da temperatura, da pressão e do tempo em todos os ciclos de esterilização(1).

•Monitoramento químico: é realizado com o uso de indicadores químicos que avaliam o ciclo de esterilização, pela mudança de cor, na presença da temperatura, tempo e vapor saturado, conforme o indicador utilizado. Podem ser usados indicadores de processo, teste Bowie-Dick, de parâmetro simples, multiparamétrico, integrador e emuladores(1).

•Monitoramento biológico: o monitoramento biológico é realizado utilizando-se tiras de papel impregnadas por esporos bacterianos do gênero Bacillus, de bactérias termofílicas formadoras de esporos, capazes de crescer em temperaturas nas quais as proteínas são desnaturadas. Os pacotes contendo os indicadores devem ser colocados em locais onde o agente esterilizante chega com maior dificuldade, como próximo à porta, junto ao dreno e no meio da câmara. Tal procedimento deve ser realizado semanalmente. Para a autoclave utiliza-se o geobacilo esporulado Stearothermophillus, disponível em sistemas autocontidos de 2ª e 3ª gerações, os quais apresentam seus resultados após 48 horas e três horas respectivamente. Para estes sistemas existem estufas incubadoras próprias(1).

Bibliografia Selecionada:

1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: Ministério da Saúde. (Série A. Normas e Manuais Técnicos); 2006:156p. Disponível: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf

2. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC ANVISA nº15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html

3. Donatelli L. Monitorização química e biológica em autoclaves: como fazer. Cristófoli Biossegurança (Site). 20 de junho de 2017. Disponível em: https://www.cristofoli.com/biosseguranca/monitorizacao-quimica-e-biologica-indicadores-em-autoclaves-como-faze-la/