As evidências disponíveis não apóiam aconselhamento para alteração no consumo de sal durante a gravidez para prevenção de pré-eclâmpsia. Apesar de os estudos serem insuficientes em tamanho da amostra, é improvável que estudos com grandes amostras, como seria o ideal, sejam realizados, pois a hipótese que se tem atualmente é que a redução de sal na gestação de baixo risco não tem qualquer efeito nos desfechos relacionados (hipertensão, pré-eclâmpsia e suas conseqüências). Assim, mesmo que a informação disponível tenha esta limitação, é, provavelmente, a informação que continuará existindo sobre o assunto.
Assim, diante da ausência de evidências de que a redução no consumo de sal tem qualquer benefício na prevenção da pré-eclâmpsia, ou de qualquer outro desfecho, os profissionais de APS, que fazem predominantemente pré-natal de baixo risco, não devem acrescentar prescrições limitadoras das preferências de sabor salino às gestantes.