Não. A vacina BCG somente protege contra as formas mais graves de tuberculose que acometem a criança, dessa forma, para os adultos já vacinados não se recomendada a revacinação.
Segundo o Manual de Vacinação do Ministério da Saúde do Brasil a vacina BCG tem duas indicações: (1,2)
1. Crianças até 5 anos (devem ser vacinadas o mais cedo possível);
2. Contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase.
Vale lembrar que após aproximadamente 10 anos da vacinação da BCG o efeito protetivo desta vacina é praticamente nulo e, portanto, todos os adultos encontram-se “desprotegidos”. O principal benefício da vacina é o de proteger contra formas graves de tuberculose em crianças (TB disseminada e meningite tuberculosa). Ademais, os efeitos adversos da vacinação em adultos parecem ser mais exuberantes e por isso, sua aplicação é contraindicada em indivíduos imunocomprometidos e/ou alérgicos aos componentes dessa vacina.(1,2,3)
A atividade de controle de contatos é uma ferramenta importante para prevenir o adoecimento e diagnosticar precocemente casos de tuberculose ativa nesta população, e deve ser instituída pelos programas de controle de TB. Apesar de os contatos de pacientes com TB bacilífera ter maior risco de adoecimento, todos os contatos devem ser avaliados.(1,2,3)
1. Núcleo de Telessaúde Bahia. Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Segunda Opinião Formativa-SOF. Quais condutas para imunização de adulto sem cicatriz vacinal de BCG, sem registro de vacinação prévia e que não é contato intradomiciliar de tuberculose ou hanseníase. 27 maio 2014. ID: sof-6770. Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/quais-condutas-para-imunizacao-de-adulto-sem-cicatriz-vacinal-de-bcg-sem-registro-de-vacinacao-previa-e-que-nao-e-contato-intradomiciliar-de-tuberculose-ou-hanseniase/
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014:176p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 3. ed. Brasília. 2014:250p. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_Eventos_adversos.pdf