A reabilitação pelo exercício físico (EF) é efetiva em reduzir a mortalidade geral e cardiovascular em pacientes portadores de DAC. Não há evidência de que programas que incluam o EF como parte de programas mais abrangentes de reabilitação (incluindo educação em saúde e apoio psicosocial) tragam benefícios diferentes em relação aos programas que incluem somente o EF. (1) (Grau A)
Os programas de exercício físico regular, como também programas de reabilitação mais abrangentes que incluam educação em saúde e suporte psicosocial além do EF, podem reduzir o risco de morte por doença arterial coronariana (DAC). Os resultados são consistentes tanto para intervenções hospitalares quanto para aquelas com base em serviços comunitários, cenário próprio da Atenção Primária à Saúde (APS).
Esses dados são extremamente interessantes, pois se referem a patologias frequentes e de altíssima morbimortalidade em nosso meio, assim como em todo o mundo. Devido às suas características e princípios, a APS tem grande potencial para aumentar a participação e aderência de pessoas portadoras de DAC em programas de reabilitação que envolvam EF, principalmente quando promove acesso universal e contato longitudinal no cuidado a essas pessoas.
Estudos demonstram que intervenções, mesmo breves, realizadas por Médicos de Família e Comunidade, são efetivas em aumentar os níveis de atividade física da população em geral (incluindo pessoas de todas as idades e condições clínicas). A participação de outros profissionais de saúde, principalmente fisioterapeutas e educadores físicos, atuando em equipe multiprofissional, potencializa o efeito dessa intervenção.