Nenhum estudo foi encontrado comparando o uso de Glicemia capilar e Hemoglobina glicosilada para monitorização de pacientes Diabetes mellitus tipo 2 (DM2).
Uma revisão sistemática (com um único Ensaio Clínico Randomizado) foi encontrada comparando a monitorização residencial da glicemia capilar (antes e após as refeições por um período de 6 meses) com a não monitorização, tendo como desfechos ganho de peso e níveis de Hemoglobina glicada. O estudo mostrou que os grupos de intervenção e controle não apresentaram diferenças para ambos os desfechos. Os autores concluíram que embora pacientes com DM2 sejam freqüentemente orientados a monitorar sua glicemia capilar de modo freqüente, não existe qualquer evidência de que isto seja benéfico para os que não fazem uso de insulina (1) (A).
A glicemia capilar como exame para monitoramento será mais útil para pacientes DM2 com maior risco para hipoglicemia, ou seja, aqueles que fazem uso de hipoglicemiantes orais e, especialmente, para os que usam Insulina2.
Neste casos, as mudanças de terapia devem ser baseadas na média da glicemia capilar de vários dias de acompanhamento (2) (D).
A monitorização contínua da glicemia capilar também é cara e, a princípio, não deve substituir a medição periódica da Hemoglobina glicosilada, parâmetro bastante estudado como marcador do estado glicêmico do paciente (D).