Que alimentos são recomendados para a introdução da alimentação complementar ao aleitamento materno após os 6 meses de idade?

| 2 outubro 2014 | ID: sofs-6922
Solicitante:
CIAP2: ,
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

A alimentação oferecida ao bebê após os 6 meses de idade deve ser composta por alimentos variados dos diferentes grupos alimentares: grãos (cereais e feijões), carnes, frutas e verduras. Devem-se oferecer diariamente alimentos de todos os grupos, variando-os durante as refeições como frutas e papas salgadas, a fim de garantir o suprimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento adequados. A definição dos alimentos a serem oferecidos deve, ainda, respeitar a identidade cultural e alimentar das diversas regiões, resgatando e valorizando os alimentos regionais, ou seja, produzidos localmente. (1)

Esquema para introdução da alimentação complementar recomendado pelo Ministério da Saúde1. Além dessas recomendações, algumas indicações específicas em relação aos alimentos complementares1:

Com relação ao preparo, no início da alimentação complementar, os alimentos devem ser bem cozidos e preparados especialmente para a criança1. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos em água suficiente para amaciá-los1. Ao colocar os alimentos no prato, amassá-los com garfo. A consistência terá o aspecto pastoso (papa/purê)1. A utilização do liquidificador e da peneira é totalmente contraindicada porque a criança está aprendendo a distinguir a consistência, sabores e cores dos novos alimentos. Além do que, os alimentos liquidificados não vão estimular o ato da mastigação1.
A partir dos 8 meses, alguns alimentos preparados para os demais membros da família, como arroz, feijão, cozidos de carne ou legumes, podem ser oferecidos à criança, desde que amassados ou desfiados e que não tenham sido preparados com condimentos (temperos) picantes e excessivos1.
A quantidade de alimentos por refeição (almoço ou jantar) a ser oferecida na fase de introdução da alimentação complementar à criança em amamentação exclusiva até o 6º mês de vida, varia segundo sua idade. Nessa lógica, o Ministério da Saúde indica2:
a) Início da alimentação complementar a partir dos 6 meses de idade: iniciar com 2 a 3 colheres de sopa, aumentando gradativamente;
b) A partir dos 7 meses de idade: aumentar gradativamente até chegar a 2/3 de uma xícara ou tigela de 250ml;
c) De 9 a 11 meses de idade: 2/3 de uma xícara ou tigela de 250ml;
d) De 12 a 24 meses de idade: uma xícara ou tigela de 250ml.
Por fim, é importante reforçar que, mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os 2 anos de idade ou mais, uma vez que o leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças1.


 

 

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.  Dez passos para uma alimentação saudável : guia alimentar para menores de dois anos : um guia para o profissional da saúde na atenção básica. – 2. ed. – Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. p.15-29. Disponível em: http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/10passos.pdf Acesso em: 6 out 2014.
  2. Brasil. Ministério da Saúde. ENPACS: Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável – Caderno do Tutor. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010; p.58. Disponível em: http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/estrategia.pdf Acesso em: 6 out 2014.