A deficiência de ferro é a forma de deficiência nutricional mais comum no mundo e suas maiores vítimas são as crianças menores de dois anos. Essa deficiência reduz a resposta imune e o desenvolvimento cognitivo. Alguns estudos demonstram que além das atividades já há muito tempo recomendadas (incentivo ao aleitamento e suplementação de ferro) o envolvimento comunitário com orientações nutricionais evita a deficiência de ferro em crianças.
Deve-se incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e depois dos 6 meses incentivar o consumo de alimentos fonte de ferro associados a fontes de vitamina C (a vitamina C facilita a absorção do ferro). Orientar que se evite consumir junto com fontes de ferro alimentos que prejudicam a absorção, como: gema de ovo, leite, refrigerante, café e chá.
São fontes de ferro: Carnes – gado, aves e peixes, fígado, rim, coração; Leguminosas – feijão, ervilha, lentilha, soja e outras; Vegetais verde-escuros: mostarda, acelga, couve, brócolis, almeirão; Vitamina C: laranja, limão, acerola, abacaxi e outros; Farinhas de trigo e milho fortificadas.
Já foi comprovado que os alimentos ricos em ferro são consumidos em quantidades insuficientes por crianças abaixo de dois anos. Por isso, faz-se necessário a adoção de estratégias para aumentar a ingestão de ferro como a fortificação de alimentos infantis e a suplementação de ferro medicamentoso.
Além dessas orientações nutricionais a mãe deve ser estimulada a levar seu filho a consultas de puericultura (consultas preventivas, sem a criança estar doente) com médico ou enfermeiro que iniciará suplementação de ferro e de vitaminas A+D. Todas as unidades da Estratégia Saúde da Família devem contar com esta modalidade de atendimento (puericultura) para o desenvolvimento de atividades preventivas visando melhoria na saúde das crianças.