Devido a sua instabilidade, o ombro é a articulação que mais comumente sofre luxação. Ela é mais frequente em adultos jovens e de meia-idade. Em 95% das vezes, a luxação é anterior e, em 5% delas, posterior. A luxação pode ser acompanhada por lesão de manguito rotador, comprometimento neurovascular (especialmente o nervo axilar) ou fratura, o que justifica uma avaliação clínica e radiológica cuidadosa para garantir a adequação da redução. O tratamento da luxação requer prontamente redução seguida de imobilização e geralmente é feita em referência imediata ao ortopedista ou ao departamento de emergência.
Em pacientes com menos de 30 anos, o ombro é imobilizado por 3 semanas. Em pacientes com mais de 30 anos, a proporção de recorrência é mais baixa e a mobilização precoce após 1 semana é necessária para limitar a rigidez articular. Exercícios de movimentos pendulares leves são realizados durante o período de imobilização para reduzir o risco de ombro congelado. Após a retirada da imobilização, um programa de fisioterapia intensiva para restaurar a amplitude do movimento e reforçar a musculatura do ombro deve ser realizado para diminuir o risco de recorrência.