Está bem estabelecido na literatura a associação entre o uso de Cinarizina e Parkinsonismo. O uso de Cinarizina, assim como de Flunarizina, é a segunda causa de parkinsonismo em uma série de países, incluindo Brasil (1,2). Tal associação tem maior importância sobretudo em pacientes idosos e que fazem uso prolongado de Cinarizina (3). Quanto maior a idade do paciente e maior o tempo de uso da medicação, maior a probabilidade de desenvolvimento de Parkinsonismo. Na maior parte das vezes, os sintomas de Parkinsonismo induzido por Cinarizina cessam, ainda que após um período de até dois anos. No entanto, alguns pacientes podem persistir com os sintomas para o resto da vida (4-6).
Não foram encontrados estudos que comparem especificamente o uso esporádico de Cinarizina com o uso contínuo prolongado no que diz respeito ao aparecimento de Parkinsonismo. No entanto, a literatura existente sugere que pacientes com uso contínuo prolongado de Cinarizina estejam mais suscetíveis àqueles que fazem uso esporádico.