Qual indicação para litotripsia extracorpórea por ondas de choque em pacientes com nefrolitíase?

| 19 julho 2010 | ID: sofs-4697
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

A seleção do tipo de tratamento – conservador, litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC), nefrolitotripsia percutânea, cirurgia convencional – para um paciente com nefrolitíase depende uma série de fatores como: sintomatologia, grau de obstrução, tamanho e localização do cálculo e associação com infecção. Além disso, segurança e custo do procedimento, tempo de recuperação, conforto do paciente, recursos disponíveis e experiência do serviço com cada modalidade terapêutica também são levados em conta (1,2). Nos serviços onde há acesso a todas as modalidades terapêuticas, LEOC costuma ser o tratamento de escolha em cerca de 70% das vezes (1). De acordo com diretrizes produzidas pela Sociedade Brasileira de Urologia e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (2,3), LEOC está indicada nos pacientes com cálculos renais com tamanho entre cinco e 20 milímetros no maior diâmetro, quando não houver contraindicação.
As principais restrições são: pacientes grávidas, infecções do trato urinário com quadro febril, obstrução do trato urinário distal ao cálculo ou coagulopatias intratáveis O uso de cateteres multi-fenestrados de permanência interna (cateter duplo-J) podem auxiliar na manutenção da permeabilidade da via excretora e permitir o uso de LEOC em cálculos pouco maiores que 20 milímetros de diâmetro ou em pacientes com rim único.
No caso de pacientes com cálculos de cistina, cuja LEOC apresenta reduzidos níveis de fragmentação, deve-se considerar utilizar nefrolitotripsia percutânea como primeira linha de tratamento, independente do tamanho do cálculo.


SOF Relacionada:

  1. Que condutas adotar para uma paciente gestante com quadro de nefrolitíase?

Bibliografia Selecionada:

  1. Spector DA. Urinary Stones. In: Fiebach NH, Kern DE, Thomas PA, Ziegelstein RC. Barker, Burton and Zieve’s. Principles of Ambulatory Medicine. 7th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2007. p. 754-766.
  2. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Diretrizes de litíase urinária da Sociedade Brasileira de Nefrologia. J Bras Nefrol 2002:24(4);203-7. Disponível em: http://www.jbn.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=447&nomeArquivo=24-04-08.pdf
  3. La Roca RLR, Gattás N, Pires SR, Ribeiro CA. Litotripsia Extracorpórea. In: Associação Médica Brasileira; Conselho Federal de Medicina; Sociedade Brasileira de Cardiologia. Projeto Diretrizes [Internet]. São Paulo: A Associação; 2006 [citado 2010 Fev 11]. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/32-Litotrip.pdf. Acesso em: 19 jul 2010.
  4. Renal colic – Acute management [Internet]. NHS Clinical Knowledge Summaries [cited 2010 Feb 12]. Disponível em: http://www.cks.nhs.uk/renal_colic_acute/management/quick_answers/scenario_renal_colic_acute/management_of_acute_renal_colic#-377951 Acesso em: 19 jul 2010.