Não foi encontrada nenhuma revisão sistemática que comparasse o tratamento da onicomicose entre agentes tópicos e orais. No entanto, foram encontrados estudos que abordam isoladamente a eficácia de cada uma destas modalidades terapêuticas.
Revisão Cochrane (1) conclui que há pouca evidência de que antifúngicos tópicos sejam efetivos para o tratamento da onicomicose. A maior parte dos dados disponíveis demonstram baixas taxas de cura (cerca de 30%) após longo tempo (48 semanas) de tratamento com Ciclopiroxolamina. Amorolfina e Butenafina parecem ser mais efetivos que Ciclopiroxolamina, mas poucas observações foram feitas e mais estudos são necessários.
No que diz respeito ao tratamento com agentes orais, a melhor opção terapêutica parece ser a Terbinafina utilizada 250 mg uma vez ao dia por três meses (2).
Itraconazol e Fluconazol são alternativas com índices de cura um pouco menores, a depender da dose e tempo de tratamento (3). O Fluconazol parece atingir taxas de cura em níveis razoáveis somente quando utilizado por longos períodos (9 meses). Importante observar que mesmo agentes orais têm taxas de cura não muito altas, as melhores em torno de 60-80%.
Conclui-se que em termos de eficácia, os agentes antifúngicos orais são melhores que os agentes tópicos para o tratamento de onicomicose.
No entanto, frente a um paciente com onicomicose deve-se ponderar a real necessidade de tratamento farmacológico e a via quando for o caso, levando-se em conta a vontade do paciente, os efeitos adversos e o custo do tratamento. Importante frisar que não há justificativa para o uso concomitante de antifúngico tópico e oral (4).