Os autores desta revisão não apóiam a triagem de todas as gestantes para vaginose bacteriana assintomática e o seu tratamento visando à redução de parto prematuro. Porém, quando o tratamento é feito antes das 20 semanas de gestação, parece haver uma real redução do risco de parto prematuro, mas este efeito precisa ser confirmado em mais estudos.
É importante notar que a alta taxa de resolução espontânea da vaginose bacteriana pode ter prejudicado a medida do efeito do tratamento com antibiótico. Outros efeitos podem não ter sido identificados por causa da grande diversidade entre os estudos (diagnóstico de vaginose bacteriana, tipo e tempo de tratamento).
Quanto à vaginose bacteriana sintomática em gestantes, pouco se sabe sobre a sua associação com efeitos adversos perinatais, pois a grande maioria foi tratada com antibióticos. Atualmente, as pesquisas nesta área devem focar na identificação de subgrupos de gestantes com vaginose bacteriana com alto risco para eventos adversos perinatais.