A endarterectomia é um procedimento cirúrgico no qual é removido o material oclusivo do interior da artéria carótida. Reduz substancialmente o risco de novos eventos em pacientes com ataque isquêmico transitório (AIT) hemisférico ou acidente vascular cerebral (AVC) menor e estenose importante.
Nos pacientes com AIT ou AVC não incapacitante e estenose carotídea ipsilateral de 70-99% a endarterectomia deve ser oferecida dentro de 2 semanas após o evento, a menos que contraindicado (1).
A endarterectomia carotídea é recomendada para pacientes selecionados com estenose sintomática moderada (50-69%) (1). Está contraindicada para pacientes com estenose leve (<50%) (1)
O “stent” pode ser considerado para pacientes que não são candidatos à endarterectomia por motivos técnicos, anatômicos ou clínicos (1). Na estenose carotídea assintomática, a endarterectomia pode ser considerada em pacientes com estenose de 60-99% (1). Os pacientes devem ter menos de 75 anos, risco cirúrgico menor do que 3% e uma expectativa de vida maior do que 5 anos (1).
Drogas antiplaquetárias (como a aspirina, o clopidogrel e a ticlopidina) são eficazes na redução de recorrências de AIT ou AVC. A aspirina é o medicamento mais estudado e de menor custo, com eficácia em doses a partir de 50 mg.
Ela também é utilizada na prevenção primária do tromboembolismo arterial, incluindo IAM, AVC e doença vascular periférica. Contudo, a decisão de utilizar a aspirina na prevenção primária deve levar em consideração o risco cardiovascular global do paciente, assim como seu risco de distúrbios gastrointestinais.