O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo clássica é clínico, baseado nos critérios diagnósticos propostos pela International Headache Society (1). A dor pode ocorrer de forma infrequente (por exemplo, com períodos de remissão que podem durar anos) ou com uma frequência de até centenas de episódios por dia. Paroxismos de dor podem ser desencadeados por inúmeros fatores, incluindo mastigação, a fala, tocar ou lavar a face. O tratamento inicial de escolha é a carbamazepina. (2)
A neuralgia do trigêmeo atípica ou mista ocorre quando existe um desconforto persistente entre os paroxismos de dor ou quando é acompanhada por perda da sensibilidade.
Segundo o Clinical Knowledge Summaries do National Health Service, o paciente deve ser encaminhado para um especialista focal (neurocirurgião ou neurologista) se (2):
-estiverem presentes características clínicas atípicas (dor em queimação entre as crises de dor, perda da sensibilidade ou quaisquer sinais neurológicos anormais)
- tanto a carbamazepina quanto a gabapentina não forem efetivas
- os medicamentos causarem efeitos adversos inaceitáveis mesmo que o alívio da dor seja bom.
- a neuralgia do trigêmeo ocorrer em pessoas com menos de 40 anos de idade.
A realização de uma ressonância magnética está indicada para pacientes jovens (com menos de 40 anos), para pacientes com sintomas atípicos e/ou que não respondem ao tratamento inicial e para aqueles pacientes que o tratamento cirúrgico está sendo considerado. Contudo, recomenda-se que o exame de imagem seja solicitado pelo especialista focal (2).