Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são os mais recomendáveis para adolescentes com retardo mental em risco de engravidar(1). O acetato de medroxiprogesterona (DMPA) e a combinação enantato de noretisterona e valerato de estradiol, disponíveis no SUS3, estão, para adolescentes, na categoria 2 de recomendação entre os contraceptivos, ou seja, uma condição em que as vantagens superam os riscos teóricos ou comprovados(2). As contraindicações incluem câncer de mama, cirrose severa, nefropatia, retinopatia, neuropatia, doenças vasculares, pressão sanguínea sistólica igual ou acima de 160 e diastólica acima de 100, presença de isquemia cardíaca, tumor hepático benigno ou maligno, riscos múltiplos de condições cardiovasculares ateroscleróticas, lúpus com a síndrome do anticorpo fosfolipídio e/ou trombocitopenia severa, presença de trombose venosa profunda ou derrame/AVC(1,2). Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são os mais recomendáveis para adolescentes com retardo mental em risco de engravidar(1). O acetato de medroxiprogesterona (DMPA) e a combinação enantato de noretisterona e valerato de estradiol, disponíveis no SUS(3), estão, para adolescentes, na categoria 2 de recomendação entre os contraceptivos, ou seja, uma condição em que as vantagens superam os riscos teóricos ou comprovados(2). As contraindicações incluem câncer de mama, cirrose severa, nefropatia, retinopatia, neuropatia, doenças vasculares, pressão sanguínea sistólica igual ou acima de 160 e diastólica acima de 100, presença de isquemia cardíaca, tumor hepático benigno ou maligno, riscos múltiplos de condições cardiovasculares ateroscleróticas, lúpus com a síndrome do anticorpo fosfolipídio e/ou trombocitopenia severa, presença de trombose venosa profunda ou derrame/AVC(1,2).
Existem dois tipos de anticoncepcionais injetáveis, o mensal e o trimestral. Ambos são feitos de hormônios similares aos das mulheres. A primeira injeção deve ser feita a qualquer tempo desde que a paciente não esteja grávida, nos sete primeiros dias de início do sangramento, ou após, se houve abstinência sexual ou uso de outro método contraceptivo, pós-parto ou uso imediato trimestral para permitir aleitamento materno e imediato após aborto(4).
A formulação dos injetáveis mensais é semelhante à encontrada na pílula anticoncepcional oral combinada, contendo estrogênio natural associado ao progestagênio. O Enantato de Noretisterona 50 mg + Valerato de Estradiol 5 mg, disponível no SUS, inibe a ovulação e torna o muco cervical espesso. Por utilizarem estrogênio natural e não sintético, apresentam poucos efeitos comuns aos orais, como aqueles sobre a pressão arterial, homeostase e coagulação, metabolismo lipídico e função hepática. O retorno da fertilidade ocorre, em média, um mês a mais que na maioria dos outros métodos hormonais mensais. É uma boa opção para adolescentes que não tenham a disciplina da tomada diária da pílula ou apresentem intolerância gástrica com a via oral(4,5).
Dentre os anticoncepcionais injetáveis trimestrais, o mais comum é o acetato de medroxiprogesterona que provoca espessamento do muco cervical, altera o endométrio e inibe a ovulação. Disponível pelo SUS, é indicado para usuárias de drogas antiepilépticas e em diabéticas sem doença vascular. Pode causar aumento de peso (de 2kg a 3 kg), mastalgia, depressão, alterações no fluxo menstrual, amenorreia e atraso no retorno da fertilidade em até um ano após sua descontinuidade. Há evidências de diminuição da densidade mineral óssea ao longo do tempo de uso em adolescentes e prejudicar a aquisição de massa óssea naquelas que ainda não atingiram seu o pico de ganho ósseo. Ainda não há conclusão definitiva sobre os efeitos sobre o futuro ósseo: para pacientes maiores de 18 anos, não há restrição para sua prescrição; para pacientes entre a menarca e 18 anos, seu uso continuado depende de avaliação individual de riscos e benefícios. O retorno da fertilidade pode demorar quatro meses após o término do efeito da injeção(4).
1. World Health Organization (WHO). Selected practice recommendations for contraceptive use – 3rd ed. Geneva, Switzerland: WHO; ISBN 9789241565400. 2016:72p. Disponível em https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/252267/9789241565400-eng.pdf?sequence=1
2. World Health Organization (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use, 5th ed. Geneva, Switzerland: WHO; ISBN 9789241549158 2015:276p. Disponível em https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/181468/9789241549158_eng.pdf?sequence=9
3. Brasil. Universidade Aberta do SUS – UNASUS [internet]. Conheça mais sobre os métodos contraceptivos distribuídos gratuitamente no SUS. Blog da Saúde. [Acesso em 02 fev 2022]. 2015. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/noticia/conheca-mais-sobre-os-metodos-contraceptivos-distribuidos-gratuitamente-no-sus
4. Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP. Anticoncepção na Adolescência. Guia Prático de Atualização. Departamento Científico de Adolescência. [Acesso em 02 de fevereiro 2022]. 2018(7):1-16. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/20290c-GPA_-_Anticoncepcao_na_Adolescencia.pdf
5. Finotti M. Manual de anticoncepção. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); ISBN: 9788564319240. 2015:143p. Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/494569/