Nesta revisão atualizada de 2021, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) não encontrou nenhuma nova evidência substancial para alterar sua recomendação de 2014 contra a triagem de estenose da artéria carótida assintomática (CAS) em adultos sem história de ataque isquêmico transitório (AIT), acidente vascular cerebral, ou outros sinais ou sintomas neurológicos relacionados às artérias carótidas. (Recomendação D). (Nível de evidência = 2c)
Nesta revisão atualizada, a USPSTF não encontrou evidências suficientes para apoiar uma recomendação de rastreamento de CAS assintomático na população adulta em geral sem histórico de AIT ou acidente vascular cerebral. A ultrassonografia duplex produz muitos resultados falsos positivos ao rastrear adultos saudáveis e a ausculta do pescoço para sopros carotídeos tem baixa precisão para detectar doença da artéria carótida clinicamente relevante. Há evidências adequadas de que o tratamento de CAS assintomático com cirurgia ou implante de stent fornece benefício mínimo, se houver, na redução de resultados adversos e pode realmente resultar em danos, incluindo acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio ou morte. A American Heart Association e a American Stroke Association também recomendam conjuntamente contra o rastreamento de rotina para CAS em adultos assintomáticos.
US Preventive Services Task Force, Krist AH, Davidson KW, et al. Screening for asymptomatic carotid artery stenosis. US Preventive Services Task Force recommendation statement. JAMA 2021;325(5):476-481. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2775719
Esta atualização das recomendações do USPSTF manteve a orientação de não se rastrear estenose de artéria carótida, tendo em vista ainda não haver comprovação de seu benefício, em relação aos possíveis efeitos adversos do sobrediagnóstico. Além disso, o acesso a ultrasonografia no âmbito do SUS ainda é escasso na maioria dos municípios.