Praticamente inexistem artigos científicos sobre tal assunto, onde existam “fórmulas prontas” para a realização de grupos, inclusive de gestantes. Existem, na verdade, relatos de experiências e protocolos que podem orientar a estruturação de trabalhos em grupos.
O Projeto Telessaúde RS desenvolveu um protocolo de grupos com as orientações para trabalhar com os mais diversos tipos de grupos e dinâmicas, disponível em: http://paginas.ufrgs.br/telessauders/downloads/conteudos-clinicos/Protocolo%20de%20Grupos.pdf/view
No entanto, é importante ressaltar a necessidade de estabelecer um vínculo entre a gestante e os profissionais da saúde, devendo ser um o coordenador dos cuidados com esta mulher. Deve existir um trabalho intenso para mostras às mulheres a importância da participação no grupo de gestantes e dos assuntos que serão abordados nas reuniões.
O horário dos encontros deve ser escolhido baseado no funcionamento da equipe, mas também nas necessidades das usuárias e de seus companheiros, pois a participação deles é extremamente importante neste acompanhamento. O número ideal de participantes é de até 12 pessoas, de modo que todos possam se comunicar.
Os relatos mostram que as reuniões devem acontecer em forma de “roda de conversa”, onde o coordenador do grupo tenha a função de complementar os conhecimentos já próprios daquela população, indicando o que é mais correto. Não é aconselhável que sejam realizadas reuniões de grupos em forma de palestra, o ideal é deixá-las falar sobre suas dúvidas e seus medos.
A escolha do local em que os encontros ocorrerão também deve ser realizada junto com as gestantes, pois eles podem ser feitos na unidade de saúde, no centro comunitário, na associação de bairro, na escola.
A dinâmica das atividades também deve ser bem planejada, pois a forma de trocar conhecimentos pode conquistar as futuras mães para os próximos encontros ou pode afastá-las das próximas reuniões.
Convidar outros profissionais (nutricionista, assistente social, fisioterapeuta) para participar de encontros pontuais enriquece o conhecimento do grupo e pode despertar maior interesse.
Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação e puericultura.