É considerado normal uma frequência de pelo menos uma evacuação a cada 3 dias em bebês com 2 meses de vida, pois em torno de 6 semanas de vida, 98,3% dos lactentes terão evacuações pelo menos uma vez a cada 3 dias.(1)
Espera-se que nesta idade seja oferecido aleitamento materno exclusivo e, por se tratar de alimento fisiológica e nutricionalmente adequada à absorção intestinal dos recém-nascido, o leite materno formaria um mínimo de resíduos.(1)
Em crianças prematuras podem ocorrer pequenas diferenças digestivas e de hábito intestinal em relação a um bebê a termo.(1)
Um estudo sugeriu que, nas primeiras 2 semanas de vida dos lactentes a termo, a maioria tem um movimento intestinal diário, eliminando o mecônio (fezes amolecidas, pegajosas e com cor escura, mas sem característica de diarreia).(1)
Os bebês com menos de 3 meses muitas vezes grunhem, se esforçam e ficam vermelhos na face enquanto há eliminação de fezes normais. A falta de entendimento deste padrão de desenvolvimento normal pode levar ao uso imprudente de laxantes ou estimulação retal. Lactentes e crianças podem, no entanto, desenvolver a capacidade de ignorar a sensação de plenitude retal e reter fezes. Muitos fatores reforçam esse comportamento, o que resulta em impactação do reto e incontinência de transbordamento. O reto dilatado torna-se gradualmente menos sensível à plenitude, perpetuando assim o problema.(2)
Outro aspecto importante é que o número de vezes que a criança urina ao dia (menos que seis a oito) e evacuações infrequentes, com fezes em pequena quantidade, secas e duras, são indicativos indiretos de pouco volume de leite ingerido(3). Apesar destes sinais indiretos o melhor indicativo de que a criança não está recebendo volume adequado de leite é a constatação, por meio do acompanhamento de seu crescimento, de que ela não está ganhando peso adequadamente.(3)
Atributos da APS:
Longitudinalidade: A equipe deve garantir a continuidade do cuidado à mulher e à família ao longo do tempo que não é possível determinar. Tudo se inicia com o primeiro contato com o serviço de saúde, que neste caso vai se fortalecer no pré natal e se consolida com um novo papel como mãe. Requer adaptações de toda família em seus novos papéis.
Material complementar:
Telessaude ES. Vídeo de Webconferência : Amamentação (Aprox. 46 min.). Palestrante: Janaína de Alencar Nunes Queiroz (Fonoaudióloga CCS / UFES ); Karina Tonini (Debatedora) . Apresentado em 14 ago 2013. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=sjLTDg-HDYg
Telessaude ES. Vídeo de WebDrop : Benefícios do aleitamento materno (Aprox.8:00 min.). Conteudistas: Karina Tonini dos Santos Pacheco e Francisco de Souza Silva (UFES). Publicado em 26 abr 2017. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=1GAqXyDzohI
Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Comunicação e informação: Aleitamento Materno. Disponível em: http://www.redeblh.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=384
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília : Editora do Ministério da Saúde. 2009:112 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23). . Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad23.pdf
1. Griffin A, Beattie RM. Normal bowel habit during the first 6 weeks in healthy, term infants. Amb. child health. 2001;7(1):23–26. Disponivel em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1467-0658.2001.00104.x
2. Hoffenberg EJ, Furuta GT, Kobak G, Liu E, Soden J, Kramer RE, Brumbaugh D. Gastrointestinal Tract. (Chapter 21).In: Hay WW, Jr., Levin MJ, Deterding RR, Abzug MJ. eds. Current Diagnosis & Treatment Pediatrics, 23e New York, NY: McGraw-Hill; Disponível em: . http://accessmedicine.mhmedical.com/content.aspx?sectionid=125742582&bookid=1795&jumpsectionID=125742801&Resultclick=2#1128025143