O que fazer quando o paciente de dois anos de idade, em tratamento odontológico, falta às consultas e possui alto risco de cárie precoce na infância??

| 27 dezembro 2019 | ID: sofs-43076
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , , ,

Neste caso, a orientação e motivação dos pais/responsáveis assume papel importantíssimo, tanto para o retorno às consultas, quanto para o controle dos fatores de risco para a cárie precoce na infância. Os pais/responsáveis devem ser orientados em relação à dieta, especialmente a suspender a mamadeira assim que a criança seja capaz de beber em uma xícara/copo. Devemos também alertar sobre o efeito das mamadas noturnas nos dentes dos bebês e desencorajar o uso de mamadeiras e chupetas açucaradas(1,2).


Além disso, eles devem ser orientados a realizarem a escovação com pasta fluoretada.  Recomenda-se o uso de pequena quantidade de pasta de dentes infantil fluoretada, com concentração de flúor em torno de 1100 PPM3. A quantidade de pasta de dentes em bebês e crianças que não sabem cuspir é equivalente a um grão de arroz (0,1g); e, nos que sabem cuspir é equivalente a um grão de ervilha (0,3g)(4).

 

Atributos da APS:

O acesso aos serviços de saúde, em especial, ao atendimento odontológico, deve ser garantido. É essencial que a paciente faça o acompanhamento odontológico concomitante ao médico, promovendo a saúde bucal de toda família.

Bibliografia Selecionada:

1. Abdo RCC, Nunes DN, Salles N. Revisão de literatura cárie rampante, etiologia e soluções de tratamento. R Un Alfenas. 1998;4:159-63. Disponível em: https://docplayer.com.br/3408639-Revisao-de-literatura-carie-rampante-etiologia-e-solucoes-de-tratamento-resumo-summary.html

2. Rezende LN, Santos FCS, Santos Neto M, Santos FS. Cárie rampante de mamadeira em crianças de 2 a 5 anos: revisão de literatura. J Manag Prim Health Care. 2014;5(2):219-29. Disponível em: http://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/219/222

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Bucal. (Cadernos de Atenção Básica, n. 17). Brasília: Ministério da Saúde; 2006:92p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad17.pdf

4. Associação Brasileira de Odontopediatria (ABO). Utilização do Fluoreto. In: Manual de referência para procedimentos clínicos em Odontopediatria. São Paulo: Associação Brasileira de Odontopediatria; 2009; cap. 9:432p. Disponível em: http://www.abodontopediatria.org.br/manual1/Capitulo-9-Utilizacao-do-Fluoreto.pdf