Quais regiões do corpo apresentam maior risco de infecção pelo vírus da raiva?

| 12 setembro 2019 | ID: sofs-42677
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

Ferimentos que ocorrem em regiões próximas ao sistema nervoso central (face) ou em locais muito inervados(mãos e pés) são graves, porque facilitam a exposição do sistema nervoso ao vírus(1). O vírus da raiva é neurotrópico e sua ação no sistema nervoso central causa quadro clínico característico de encefalomielite aguda, decorrente da sua replicação viral nos neurônios(1).


Complementação:

A raiva é uma doença grave de letalidade aproximadamente 100%(2). Ela é transmitida ao homem por meio de arranhadura, lambedura ou mordedura do animal infectado(2). Consideram-se:

•Acidentes leves: Ferimentos superficiais pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés). Podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras, causadas por unha ou dente, lambedura de pele com lesões superficiais(3).

•Acidentes graves: Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé. Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo. Lambedura de mucosas. Lambedura de pele onde já existe lesão grave. Ferimento profundo causado por unha de animal(3).

 

Atributos da APS:

Acesso: uma das atribuições da equipe da ESF é facilitar a porta de entrada no sistema de saúde aos indivíduos identificados como de risco e prioritários.

Integralidade: No contexto da vacinação é fundamental que haja integração entre a equipe da sala de vacinação e as demais equipes de saúde, no sentido de evitar as oportunidades perdidas de vacinação, que se caracterizam pelo fato de o indivíduo ser atendido em outros setores da unidade de saúde sem que seja verificada sua situação vacinal ou haja encaminhamento à sala de vacinação.

Coordenação do cuidado: A equipe de saúde deve estar ciente e participar de recomendações que o paciente possa receber em ambulatórios especializados ou com outros profissionais fora do território de atuação da Unidade Básica de Saúde.

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana. (Série A: Normas e Manuais Técnicos). Brasília; 2011:60p. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-pasteur/pdf/atendimento-medico/normas_tecnicas_profilaxia_raiva.pdf
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Protocolo de tratamento da raiva humana no Brasil. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília; 2011:40p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_raiva_humana.pdf
  3. Brasil. Ministério da Saúde. Nota informativa Nº 26-SEI/2017-CGPNI/DEVIT/SVS/MS. Informa sobre alterações no esquema de vacinação da raiva humana pós-exposição e dá outras orientações. 2017. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/04/Nota-Informativa-N-26_SEI_2017_CGPNI_DEVIT_SVS_MS.pdf