Diante de pessoas provenientes ou vivendo em regiões endêmicas de Leishmaniose, que se apresentem com febre persistente, astenia, adinamia, desnutrição, hepato e/ou esplenomegalia deve-se suspeitar de leishmaniose visceral (LV). Já diante de pessoas que apresentem úlcera indolor em áreas expostas da pele, com formato arredondado ou ovalado, base eritematosa, infiltrada, consistência firme, bordas bem delimitadas e elevadas com fundo avermelhado e granulações grosseiras, deve-se suspeitar de leishmaniose cutânea/tegumentar (LT). (1,2)
A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Ela é uma zoonose com espectro heterogêneo de manifestações clínicas, apresentando duas manifestações principais: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. A visceral, a apresentação mais grave da doença, é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea, com maior prevalência em crianças de até dez anos. (1, 3)
Tanto a LV quanto a LT são doenças de notificação compulsória. (2)
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017:189p. : il. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
2. Duncan, Bruce Bartholow et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013:1952p. : Il. color.; 28cm. Capítulo 145.
3. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. O que são leishmanioses? Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/126leishmaniose.html