Qual o tratamento para Malária?

| 19 março 2019 | ID: sofs-41738
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,

O tratamento da malária é realizado em regime ambulatorial, com medicações antimaláricas que são fornecidas gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato1.

Para definição da medicação a ser utilizada alguns fatores devem ser analisados:
* Espécie do protozoário infectante
* Idade do paciente
* Condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde, além da gravidade da doença1.

Vale ressaltar que quando realizado de maneira correta, o tratamento da malária garante a cura da doença1. Portanto, uma prescrição legível, clara e compreensível e o estabelecimento de estratégias orientação do paciente e familiares e/ou responsáveis são importantes para a garantia de adesão do paciente ao tratamento1,2. O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, tais como:
* interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção;
* destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias; e
* interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos)1,2.


Complementação:
A malária possui uma fase sintomática inicial, caracterizada por mal-estar, cefaléia, cansaço, dor muscular , náuseas e vômitos, que geralmente precede à clássica febre da malária3. A intensificação dos sintomas inicia-se com calafrio que dura de 15 minutos até uma hora, sendo seguido por uma fase febril, com temperatura corpórea podendo atingir 41°C ou mais3.
Após um período de duas a seis horas, ocorre declínio da febre e o paciente apresenta sudorese profusa e fraqueza intensa3. Após a fase inicial, a febre assume um caráter intermitente, dependente do tempo de duração dos ciclos eritrocíticos de cada espécie de plasmódio: 48 horas para Plasmodium falciparum (P. falciparum) e Plasmodium vivax (P. vivax) – e 72 horas para Plasmodium malariae (P. malariae)3. De um modo geral, as formas brandas são causadas pelo P. malariae e P. vivax e as formas clínicas mais graves são causadas pelo P. falciparum, especialmente em adultos não imunes, crianças e gestantes, que podem apresentar manifestações mais graves da doença3. O quadro clínico pode evoluir para formas clínicas de malária grave e complicada3.

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Malária: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia prático de tratamento da malária no Brasil. Brasília; 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria.pdf
  3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. Brasília; 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf