Os programas educativos em saúde bucal que aplicam metodologia participativa têm fundamental importância na mudança de hábitos de higiene bucal em crianças e adolescentes, independentemente de sua inserção social. Os programas ancorados apenas em palestras e instruções teóricas têm impacto limitado.1 É preciso explorar recursos de dramatizações, desenhos e pinturas, faz de conta, meios audiovisuais, atividades ludo-pedagógicas. Em geral, os assuntos que devem ser mais abordados no processo educativo em saúde bucal são: importância da saúde bucal; relação saúde bucal e saúde em geral; placa bacteriana – o que é, como se forma e conseqüências, e como remover; hábitos de higiene – escovação, uso do fio dental; hábitos alimentares – relação dieta/cárie; flúor, hábitos indesejáveis e freqüência ao dentista. Entretanto, há assuntos específicos que devem ser abordados dependendo da faixa etária.
Complementação:
A educação em saúde bucal é considerada de baixo custo e com possibilidades de alto impacto no âmbito público e coletivo5. Ela possibilita a abertura de caminhos para a introdução de conceitos, além de oportunizar às pessoas a aquisição de conhecimentos com os quais não estão familiarizadas, mas que podem fazer parte do seu dia a dia, permitindo uma melhora na qualidade de suas vidas6. Devido a sua capacidade e abrangência, o setor educacional torna-se um aliado fundamental para a concretização de ações de promoção de saúde voltadas para o fortalecimento das capacidades dos indivíduos para a tomada de decisões favoráveis à saúde e à comunidade7. Assim, é de extrema importância a adoção de estratégias de aproximação entre a educação e o sistema de saúde8.