A repetição do exame é necessária uma vez que o resultado identifica somente a presença de células escamosas e ausência de células glandulares ou metaplásicas, e não se tem todos os elementos para inferir um rastreamento negativo para alterações celulares.
Recomenda-se que a paciente repita o exame com intervalo de um ano se resultado for negativo para malignidade e com a presença das três camadas analisadas – escamosa, glandular e metaplásica, Após dois exames normais consecutivos sem alterações, o intervalo poderá ser de três anos, desde que empregada técnica correta para coleta do material, assim como a fixação do material na lâmina(1,2).
Uma amostra satisfatória é aquela que apresenta células em quantidade suficiente, bem distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua visualização permita uma conclusão diagnóstica. É competência exclusiva do profissional responsável pela paciente decidir se a representatividade da amostra está adequada, levando em consideração as condições próprias de cada uma, como a idade, estado menstrual, limitações anatômicas, objetivo do exame, entre outras(2).
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama.2. ed. Brasília: Ministério da Saúde. (Cadernos de Atenção Básica, 13). 2013:124p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf
2. Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016:114p. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/DDiretrizes_para_o_Rastreamento_do_cancer_do_colo_do_utero_2016_corrigido.pdf