A retinopatia diabética é uma complicação microvascular progressiva que pode culminar em perda visual grave e permanente. Existe a possibilidade de controle e prevenção se for detectada e tratada a tempo. Dessa forma, pacientes com diabetes tipo 1 e 2 devem ser submetidos ao exame de fundo de olho por oftalmologista para rastreamento da retinopatia, conforme a frequência apresentada abaixo, independente de apresentar ou não queixa visual:
Pacientes com diabetes tipo 2, ao diagnóstico e após, anual ou bianualmente;
Pacientes com diabetes tipo 1, cinco anos após o diagnóstico e após, anual ou bianualmente;
Mulheres com diabetes tipo 1 ou 2 planejando gestar ou logo após a concepção, durante o primeiro trimestre da gestação e após, conforme orientação do oftalmologista;
Não é necessário rastrear retinopatia em pacientes com diabetes gestacional.
O rastreamento bianual pode ser indicado em pacientes com um ou mais exames de fundo de olho normais e com baixo risco para o desenvolvimento de retinopatia. Os fatores de risco para a retinopatia são o tempo de diabetes, o mau controle glicêmico e a hipertensão arterial não controlada associada.
Pacientes com queixa de redução da acuidade visual devem ser avaliados prontamente.
1. American Academy of Ophthalmology. Retinal/Vitreous Panel Preferred Practice Pattern Guidelines. Diabetic Retinopathy. San Francisco (CA): American Academy of Ophthalmology, 2014.
2. American Diabetes Association. Standards of Medical Care of Diabetes, 2016. Diabetes Care 2016; 39 Supl.1:S1-S112. [acesso em 22 de mar de 2016]. Disponível em: http://care.diabetesjournals.org/content/suppl/2015/12/21/39.Supplement_1.DC2/2016-Standards-of-Care.pdf
3. Duncan BB, et al (Org.). Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
4. Mcculloch DK. Diabetic retinopathy: screening. Waltham (MA): UpToDate, 2016. [acesso em 22 de mar de 2016]. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/diabetic-retinopathy-screening