Todos os procedimentos odontológicos devem ser realizados de forma adequada para promover a saúde bucal dos pacientes portadores de necessidades especiais (PNE), guiado pelo conceito de igualdade para todos e , realizando uma anamnese detalhada. No caso destes pacientes PNE a primeira ação é realizar é o realizar o termo de consentimento autorizando o tratamento pelos pais ou responsáveis (1).Os pacientes não colaboradores ou com comprometimento severo, devem ser encaminhados para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), que efetuará o atendimento e avaliará a necessidade ou não de atendimento hospitalar sob anestesia geral (2).
Cerca de 10% da população mundial é constituída por (PNE) (3), que são indivíduos que apresentam perda ou anormalidade de uma estrutura do corpo ou função fisiológica, temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, requerendo atendimento diferenciado (3, 4).
Além de doenças sistêmicas e das características próprias de determinadas doenças, podemos considerar as doenças bucais como um dos principais problemas que acometem indivíduos com necessidades especiais, seja por sua condição motora e/ou mental (5).
Há necessidade de instruir essa população de pais e responsáveis dos PNE, quanto à importância dos alimentos para a saúde dos dentes de seus filhos, especificando quais os necessários para a mineralização do esmalte dental, bem como de que forma introduzi-lo na dieta de seus filhos (6).
Contudo, é de extrema importância a participação do profissional da área odontológica na reabilitação e na integração desse paciente ao meio social. Além de sua área de atuação, o profissional deve estar dotado de conhecimentos em áreas multidisciplinares (1).
Atributos da APS
Acesso/ Integralidade: A porta de entrada de atenção aos pacientes com necessidades especiais é sempre a Unidade Básica de Saúde (2). O atendimento deve ser incentivado pelas equipes da Atenção Básica e Saúde Bucal (EAB SB), com a finalidade de que a atenção dada a estes pacientes aconteça de forma integrada nas mais diversas áreas (Fisioterapia, Psicologia, Fonoaudiologia, Neurologia, Odontologia, Enfermagem e Terapia Ocupacional, entre outras) tendo como objetivo final seu bem-estar (5).
1. Andrade APP de, Eleutéio ASL. Pacientes portadores de necessidades especiais: abordagem odontológica e anestesia geral. Rev. Bras. Odontol. [periódico na Internet]. 2015 Jun [citado 2017 Out 20] ; 72( 1-2 ): 66-69. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722015000100013&lng=pt&nrm=iso
2. Brasil.Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica nº. 17. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab17
3. Queiroz FS, Rodrigues MMLF, Cordeiro Junior GA, Oliveira AB, Oliveira JD, Almeida ER. Avaliação das condições de saúde bucal de Portadores de Necessidades Especiais. Rev. odontol. UNESP [Internet]. 2014 Dec [cited 2017 Oct 20] ; 43( 6 ): 396-401. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25772014000600396&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/1807-2577.1013.
4. World Health Organization. International Classification of Functioning, Disability and Health ICF). Geneva; 2004.
5. Pini DM, Fröhlich PCGR, Rigo L. Avaliação da saúde bucal em pessoas com necessidades especiais. Einstein (São Paulo) [Internet]. 2016 Dez [citado 2017 Out 20] ; 14 ( 4 ): 501-507. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082016000400501&lng=pt. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082016ao3712.