A transmissão da hepatite C ocorre principalmente através do contato com sangue contaminado. São consideradas populações de maior risco:
- indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993;
- usuários de drogas intravenosas ou usuários de cocaína inalada que compartilham os equipamentos de uso
- pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea (p. ex. consultórios odontológicos, podólogos, manicures, etc., que não obedecem as normas de biossegurança).
A transmissão sexual é pouco freqüente, com menos de 3% em parceiros estáveis e, ocorre principalmente em pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco (sem uso de preservativo), sendo que a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – é um importante facilitador dessa transmissão. A chamada transmissão vertical (de mãe para filho) é rara. Entretanto, já se demonstrou que gestantes com quantidades altas do vírus ou que também estão infectadas pelo HIV apresentam maior risco de transmitir a doença para o recém-nascido(1).
A hepatite C não é transmitida através do contato social do dia-a-dia, como por exemplo beijos, abraços, compartilhamento de copos e outros utensílios de cozinha ou através do assento do banheiro.
Contudo, como o vírus da hepatite C é transmitido através do sangue, é preciso ter cuidado no compartilhamento de barbeadores ou escovas de dente que possam estar contaminadas com sangue.
A pessoa portadora de hepatite C deve sempre cobrir seus pequenos cortes e ferimentos. Se for usuária de drogas, deve usar sempre material descartável e nunca compartilhar seringas. Usar preservativo em TODAS relações sexuais(2).