Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde, exposições agudas com altos níveis de dioxinas podem resultar em lesões de pele do tipo “acne clórica” e o aparecimento de manchas escuras, assim como alterações da função hepática. A exposição prolongada está relacionada com alterações da imunidade, do sistema nervoso em desenvolvimento, do sistema endócrino e da função reprodutora. As dioxinas, de acordo com o Centro Internacional de Investigações Sobre o Câncer (OMS), são consideradas também agentes carcinogênicos.
Os grupos mais sensíveis à exposição pelas dioxinas são os fetos em desenvolvimento (gestantes) e recém-nascidos, pelo período de rápido desenvolvimento de seus órgãos e sistemas.
As dioxinas são produzidas a partir de processos industriais, mas também podem resultar de erupções vulcânicas e queimadas em florestas. O processo de incineração do lixo, tanto de resíduos sólidos como hospitalares, estão entre os principais emissores de dioxinas para o meio ambiente.
A distribuição ambiental das dioxinas é mundial. As maiores concentrações ocorrem em alguns solos e alimentos (produtos lácteos, carnes, peixes e marisco). As concentrações são bastante baixas nas plantas, na água e no ar.
A melhor forma de controlar a exposição de dioxinas se dá pela incineração adequada de material contaminado.
A prevenção ou redução da exposição humana deve ser feita com medidas de controle estrito dos processos industriais para redução da formação de dioxinas. Uma responsabilidade sobretudo dos governos nacionais.
Como mais de 90% da exposição humana se dá através dos alimentos, sua proteção é fundamental. Para tal, é necessário que a produção de alimentos seja adequada e que haja sistemas de vigilância de contaminação dos mesmos que garantam que os níveis tolerados de dioxinas não sejam ultrapassados. Responsabilidade também dos governos nacionais.