Não foram encontradas revisões sistemáticas abordando os tratamentos para periodontite agressiva.
A periodontite agressiva é uma doença relativamente rara, de progressão rápida e que acomete adolescentes e adultos jovens, na faixa etária dos doze aos trinta anos. Causa rápida perda vertical do osso alveolar de suporte, resultando no aparecimento de bolsas infra-ósseas geralmente profundas. A causa parece estar relacionada com um grupo de bactérias de alta virulência, além do conteúdo genético em certas famílias bem como a susceptibilidade individual.
Diversos tipos de tratamento já foram testados, sendo indicados à orientação de higiene, a instrumentação mecânica associada ou não à terapia cirúrgica e à medicação sistêmica. Neste contexto, Califano e colaboradores (2003) sugerem que o tratamento para a periodontite agressiva pode incluir a combinação de terapia antibiótica associada à abordagem periodontal não-cirúrgica e/ou cirúrgica. De acordo com Drisko (2000), para o tratamento de periodontites agressivas é necessário abordagem periodontal cirúrgica associada à utilização de agentes antimicrobianos. Ressalta, também, a importância da terapia periodontal de manutenção periódica.
Estudos na literatura indicam que a utilização de agentes antimicrobianos parece ser benéfica no tratamento desses pacientes.
No entanto, devido à organização dos micro organismos em um biofilme, ao aumento na incidência de alergias e resistência aos antimicrobianos e levando em consideração seus efeitos colaterais, ainda há controvérsia em relação aos benefícios da terapia antimicrobiana no tratamento da doença periodontal agressiva.
Uma vez que o diagnóstico precoce garante maiores chances de sucesso do tratamento, é de suma importância que o exame periodontal faça parte da rotina do exame clínico odontológico.