ANSIEDADE – O quadro clinico de ansiedade é caracterizado por sintomas somáticos, cognitivos, comportamentais, emocionais e perceptivos. Os sintomas somáticos são inúmeros, principalmente sintomas de excitação autonômica não-explicáveis por outro diagnóstico clínico.
Os sintomas somáticos frequentemente observados nos transtornos de ansiedade, são: – Dor torácica, palpitação, taquicardia; – Dispnéia, taquipnéia, hiperventilação; – Dor e desconforto epigástrico; – Cefaléia, tonturas e parestesias; – Tensão muscular; – Tremores; – Sudorese; – Boca seca; – Calorões e calafrios; – Insônia; – Poliúria; – Disfagia; -Palidez; – Rubor.
Cognitivamente, a ansiedade é caracterizada por dificuldade de concentração, pensamentos catastróficos, hipervigilância, medo de perder o controle ou de enlouquecer. No comportamento, pode apresentar inquietude, isolamento e esquiva. Emocionalmente, a pessoa apresenta medo, apreensão, irritabilidade e impaciência. Finalmente, a percepção pode encontrar-se alterada, com despersonalização, desrealização e hiperacusia, ou hiper-reatividade geral aos estímulos.
DEPRESSÃO – O diagnóstico de depressão deve ser concebido como uma categoria arbitrariamente definida de um fenômeno dimensional. Em um extremo, tem-se a depressão “normal”, fenômeno humano universal, e, no outro as depressões graves com sintomas psicóticos. O ponto de corte que determina o limite da normalidade leva em consideração a intensidade, a duração, a persistência, a abrangência, a interferência com o funcionamento fisiológico e psicológico e a desproporção em relação a um fator desencadeante. No entanto, perguntas simples podem melhorar a detecção de depressão e deveriam ser rotineiramente incorporadas às entrevistas realizadas pelos profissionais de saúde.