A dengue se constitui em uma doença de grande incidência em países tropicais. No mundo, é estimada a ocorrência de aproximadamente 100 milhões de casos por ano. O diagnóstico precoce poderá se basear em dados epidemiológicos, evitando que haja evolução sem vigilância e abordagem adequada.
Sobre a dengue na gestação, deve-se ficar bastante atento à mulher em decorrência das modificações fisiológicas que já ocorrem no período gestacional. A infecção possui as mesmas manifestações clínicas apresentadas em mulheres que não estão grávidas, porém podem acontecer de uma forma diferenciada em função das transformações no organismo materno. Há risco de abortamento e trabalho de parto prematuro, devido à transmissão vertical. Associado a isso, pode haver episódios de sangramento.
O tratamento basicamente é o mesmo adotado para os demais pacientes, mas o acompanhamento exige vigilância constante, principalmente no que diz respeito às questões hemodinâmicas e parâmetros laboratoriais. Caso alguma gestante na comunidade esteja apresentando os sintomas de dengue (febre, cefaleia, dores abdominais, musculares, vômitos e sangramentos), é importante encaminhá-la ao serviço de urgência e emergência mais próximo. Lá ela será avaliada e realizará exames laboratoriais e ultrassonografia obstétrica, a fim de verificar as condições de saúde da mulher e do concepto.
Se necessário, a gestante poderá ficar hospitalizada, nos casos mais graves, para monitoramento dos sinais e sintomas e verificação dos níveis de plaquetas.
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