Quando há necessidade de encaminhar um paciente para internação psiquiátrica, a quem compete o acompanhamento caso este não tenha familiar ou responsável?

| 10 fevereiro 2015 | ID: sofs-18548
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

Antes de encaminhar um usuário para internação psiquiátrica, todos os recursos terapêuticos de nível primário (APS) e secundário devem ter sido esgotados. Atualmente, interna-se apenas nos casos de crise (surtos, risco de suicídio, colocar em risco a vida de terceiros). Se isto ocorrer e o paciente estiver na unidade de saúde, o primeiro passo é que médico ou psicólogo o avaliem e que chamem um familiar ou pessoa de referência. Esta pessoa é quem irá acompanhá-lo ao serviço de emergência em saúde mental mais próximo (do seu município ou região), uma vez que é esse serviço que encaminha para internação. Caso seja necessária a presença de um membro da equipe (exemplo: ausência de pessoa de referência), qualquer um pode ir, mas se procura privilegiar o profissional que tem mais vínculo com o paciente, independente do núcleo profissional. Pode ser o agente comunitário, o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o médico, o psicólogo, o assistente social.


Complementação:
No contexto da atenção primária à saúde, a saúde mental é um dos maiores motivos de busca de atendimento e deve ser acolhida pelas equipes de saúde da família. Qualquer profissional dessa equipe pode fazer a primeira escuta do usuário e depois discutir o caso com os colegas para pensar num melhor encaminhamento para ele. Trabalha-se também com grupos (de convivência, terapêutico) ou oficinas terapêuticas que podem ocorrer na própria unidade.
Na estratégia de saúde da família, existem os núcleos de apoio à saúde da família – NASF, que possuem, entre seus integrantes, pelo menos um profissional com formação específica em saúde mental. É comum que este seja um psicólogo. Seria bom verificar se seu município conta com alguma equipe de NASF, pois ela a ajudará com os casos de saúde mental da equipe.
O atendimento integrado pode se referir também às parcerias que temos que fazer para atender os usuários. O atendimento na unidade de saúde pode estar integrado ao atendimento na atenção secundária, em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou ambulatório de saúde mental, por exemplo. Em raros casos, também precisamos da internação psiquiátrica, que hoje em dia ocorre principalmente nos hospitais gerais.

Atributos

Bibliografia Selecionada:

  1. Chiaverini DH, org. Guia Prático de matriciamento em saúde mental [Internet]. Brasília: Ministério da Saúd; 2011 [citado 2013 Mar 01]. Disponível em: http://www.twiki.ufba.br/twiki/pub/CetadObserva/Outros/guia-matriciamento_MS_JUNHO_2011.pdf Acesso em: 19 fev 2015.