Quais as estratégias que podemos utilizar para implementação do acolhimento em uma ESF?

| 4 agosto 2008 | ID: sofs-168
CIAP2:
DeCS/MeSH: , , ,
Graus da Evidência:

Há importantes lacunas nos modelos de atenção e de gestão do SUS, em especial as relativas ao acesso aos serviços e ao acolhimento aos usuários. Os dados disponíveis de resultados de pesquisas, relatórios de ouvidorias e depoimentos dos diversos atores do SUS confirmam a necessidade e a importância de práticas humanizadas nas unidades de saúde. A Política Nacional de Humanização defende o Acolhimento, entendido como um processo de inter-relações e atitudes humanas nas práticas de atenção e de gestão, pautadas no respeito, na solidariedade, no reconhecimento dos direitos e no fortalecimento da autonomia dos usuários, trabalhadores e gestores da saúde. Pretende-se que a prática do Acolhimento nos espaços de saúde qualifique a atenção e a gestão, potencializando a garantia do atendimento, a resolutividade, o estabelecimento de vínculo, a promoção da saúde e as alianças entre usuários, trabalhadores e gestores.
O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde. Favorece, também, a possibilidade de avanços na aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde em defesa do SUS como uma política pública essencial da e para a população brasileira.


Algumas sugestões e reflexões sobre a implantação do acolhimento nos serviços de saúde:

Algumas maneiras de fazer:

Na situação concreta do serviço, algumas questões a considerar:
1. Como se dá o acesso do usuário, em suas necessidades de saúde, ao atendimento em seu serviço? Alguns pontos para se observar utilizando todos os sentidos (audição, visão, tato… e também a intuição):

2. Que tipos de agravos à saúde são imediatamente atendidos?

3. Como é feito o encaminhamento dos casos não atendidos na unidade?

4. Como você percebe a relação entre o trabalhador de saúde e o usuário?

5. Como são tomadas as decisões em sua unidade?

6. Como é o ambiente e no que ele interfere nas práticas de acolhimento?

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização.  Humaniza SUS. Acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde.  Brasília: Ministério da Saúde; 2004. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf> Acesso em 6/fevereiro/2015.
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 3a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_documento_gestores_trabalhadores_sus.pdf> Acesso em 6/fevereiro/2015.
  3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde) Disponível em <http://hotsites.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/2012/tenho-aids/doc/acolhimento_praticas_producao_saude_2ed.pdf> Acesso em 6/fevereiro/2015.

 

SOF Relacionadas:

  1. Qual a diferença entre triagem e acolhimento?

  2. Como organizar o acolhimento em saúde?